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Tecnologia na Saúde

Me parece que muitas vezes as razões pela qual não há o uso da tecnologia nas áreas de saúde não são falhas da tecnologia ou sua irrelevância.

Talvez sejam outras razões.
Estive navegando em um fórum, quando me debati com uma discussão com profissionais de saúde onde a primeira pergunta (feita pelo profissional A., para não citar nomes) era sobre como identificar, clinicamente, dois tipos de osteoartrites diferentes que ocorrem na articulação da mandíbula de uma pessoa em casos onde a abertura da boca é normal.

A resposta que surgiu (do profissional B., para nós), foi:
- Através da Ressonância Magnética (RM).

Depois disso, A. falou que queria saber Clinicamente. Ou seja, não considerou a resposta satisfatória por não considerar investigação clínica o uso da RM.

E B. respondeu:
"O diagnóstico clínico é a somatória de todos os elementos de diagnósticos, os quais nem todos se obtém ao lado da cama do paciente"
Pedro Lain Entralgo, médico espanhol, sobre a inspeção clínica.

Após esta resposta, perguntaram qual a relevância clínica disso e se o tratamento seria diferente.

Não li mais nada depois disto. Mas fiquei espantado, pois a lógica da questão está clara. As últimas perguntas nunca deveriam ser feitas.

A citação do médico espanhol no debate é fundamental. De fato, na medicina antiga, com hipócrates por exemplo, a tecnologia não era avançada, e por isso, atendimento clínico era feito com o uso de métodos como olhar, tocar, apalpar, etc.
Entretanto, hoje temos uma tecnologia extremamente avançada. Ora, o diagnóstico clínico sem dúvida se dá quando se obtém todas as informações possíveis sobre a situação do paciente para se obter um diagnóstico, e isso envolve, obvíamente, a utilização das mais modernas tecnologias computacionais que temos hoje para os mais diversos exames e tomadas de decisão.

Como é possível profissionais perguntarem qual a relevância disso?
Como é possível profissionais não aceitarem o uso da tecnologia para investigação clínica, repetindo apenas métodos da antiguidade?

Será que não é necessário inclusão digital na saúde?
Pensem nisso!

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